Jamais a musa divina,
Deu cabal inspiração,
A fluir com lealdade,
Pra definir a saudade,
Com fiel exatidão.
Itinerante sozinha,
Ela é presença cruel,
Seja noite, seja dia,
Na tristeza, na alegria,
É companheira fiel.
Se lhes buscando as origens,
E colhe a explicação,
É bela flor perfumada,
Deu o nome, fez morada
No jardim do coração!…
Age sutil, é perfeito,
O desempenho de flor,
Perfuma sem preconceito,
E aturá-la é o jeito
Quando integrada ao amor.
Imparcial vai passando,
Sem discriminalidade,
Suas marcas vai deixando
A dor que nos vai matando
Com o cinzel da Saudade!…
10/06/1998