Criança!

Bela algazarra, doce alacridade,
Anjo da terra que enternece e encanta,
Coral silvestre qual volata santa,
Me acorda o sonho de felicidade.

Amor plantado no jardim vivido,
Meu querubim e meu fiel tesouro,
Joia que amo, mais que amo, adoro,
Oh! sombra amiga, roseiral florido!

Qual avezinha no vergel ditosa,
Entre as mais lindas, jovial, airosa,
Doce perfume da flor ao nascer,

Ternura, afago, no meu desalento,
Sorriso santo no feliz momento,
Razão de forças neste meu viver!

Jornal Vanguarda
12/10/1995