Bom dia, linda Princesa,
Princesa posso chamar-te
Difundindo há tanto tempo,
Tal encanto, amor e arte!
Quarenta anos de vida,
Parabéns ó Difusora!
Seja a comunicação,
Uma arca salvadora.
Te irmana com altruísmo,
À Cultura, à Liberdade,
E que a tua festa seja,
Verde ramal de amizade…
E dessa força conjunta,
A TV, a Emissora,
Se projete amor, respeito,
À querida Difusora.
Da verdade és mensageira,
És canção que nos encanta,
Quem te ouviu a vez primeira,
Aqui teus brios decanta.
Quem não recorda saudoso,
Aquele primeiro dia,
Quando aos céus deste Nordeste,
Um hino de paz subia?!…
Eras tu, sublime infante,
Nobre menina bonita,
O início de uma frase,
Para uma história infinita…
Teu poema se tornara,
Ave cerúlea a cantar,
Pra quem se foi… quem milita,
Pra quem ainda virá…
É céu azul mui tranquilo,
Quando ao nosso coração,
Toca musa inspiradora
Em rica imaginação.
És o verde d’aveloses
Que desconhece estação,
Desafio à inclemência
De causticante verão.
És ave silvestre em bando,
Beijando o cimo da cruz,
Em oração o gorjeio,
No Morro do Bom Jesus!
És gemido do que sofre,
És sorriso de criança,
Do ancião o lamento
Da juventude a pujança.
Do artista és lar amigo,
Casto perfume de flores,
A evolar-se divino
Onde se ostentam valores…
Difusora, Difusora,
Hoje a saudade assaltou,
Quem vaidosa a vez primeira,
A tua voz escutou!
Quisera dizer-te tudo…
Neste dia venturoso,
Mas resumo meu segredo,
Num abraço carinhoso.
Sê feliz, ó Difusora,
Dimana o bem, varonil,
Sê alerta, arauto, estrela,
A soerguer o Brasil!
06/09/1991