Ao Professor

Crestado Agreste, pobre de pastagem,
Água minguada, ressequida fonte,
Sol causticante, já tostado o monte,
Dura verdade na cruel paisagem…

Tal uma história… desacreditada…
Um inculpável e impetrar falido,
Um grito mudo, n’amplidão perdido,
Tênue esperança sem verdor, sem nada!

Mas, lá distante qual fulgente estrela,
Gentil criança a te seguir tão bela,
É brilho eterno a te falar amigo…

És sábio, és fonte em orvalhada linda,
Saber lhe deste qual herança infinda…
Ouro não paga o que aprendeu contigo!…

15/10/1995