Quis neste dia dos pais,
Te falar, te enaltecer,
Reafirmar sempre mais
Que não te posso esquecer.
Tentei rimar,
não saiu, Frase nenhuma acertei,
A musa triste fugiu
E desolada chorei…
Quão difícil, pai querido,
Amargo pronto a correr,
No meu coração ferido,
Deserto, sempre a doer!…
Poema, final partida,
Solidão só me restou
E saudade, flor sentida,
Que a tua ausência plantou.
Se transmuda em harmonia,
O tormento em alegria,
Numa corbelha imortal…
Com amor, a Deus se oferta,
Por todos pais, hoje em festa,
Num abraço universal!…
Jornal VANGUARDA
13/08/1995
Vídeo
Veja a intepretação da poesia por Glória Rabelo.
Foto
Tio João, o último dos irmãos do seu pai que ela achava parecido com ele.